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Melhores Livros e a decepção de 2016

Olá Pessoal, tudo bem?

Nossa esse post esta saindo um pouquinho tarde, mas sempre é tempo e eu gosto de fazer esse tipo  de balanço nas leituras. Conforme conversamos no Balanço dos Projetos eu li 29 livros e resolvi escolher os meus cinco livros preferidos, isso não quer dizer que eles são melhores em termos técnicos, mas sim, que foram os meus preferidos por motivos pessoais. Outro item a esclarecer é que a lista não é de livros lançados em 2016, mas sim, os que eu li nesse ano.


5 - A meninas Submersa - Caitlín R. Kiernan: Esse é um thriller psicológico narrado por uma protagonista que tem esquizofrenia e no começo eu não tinha certeza se estava gostando ou não, mas a medida que eu fui lendo eu fui sendo envolvida pela história de fantasmas, sim essa é uma história de fantasmas:

"Fantasmas são essas lembranças fortes demais para serem esquecidas, ecoando ao longo de nos e se recusando a serem apagadas pelo tempo." 

A narrativa é desconexa, e algumas vezes, difícil de acompanhar, mas essa desconexão faz parte da narrativa que foi pensada para ser assim, e nos fazer sentir dentro da cabeça da personagem. E dentro desse contexto discute temas interessantes como o quanto coisas aparentemente pequenas podem se tornar grandes fantasmas em nossas vidas, a diferença entre verdade, realidade e fato e até a importância das artes em nossas vidas. Vale a pena conhecer essa obra, sem falar na edição linda da Darkside.



4 - As crônicas marcianas - Ray Bradbury: Esse livro foi responsável por me tirar de um jejum literário, eu não estava conseguindo ler quase nada e quando eu peguei esse livro, me empolguei totalmente e li tudo de uma vez do começo ao fim. Ray tem uma escrita fluida e deliciosa.

Crônicas Marcianas conta a história da colonização de Marte e cada capitulo do livro é focada em um ano diferente e conta uma história independente e cronológica que no final forma uma história como um todo.

O livro traz inúmeras discussões principalmente sobre a natureza humana, sendo a principal delas a capacidade destrutiva do ser humano, tanto com relação a si mesmo, a sociedade e a natureza. Tem uma crônica que traz uma discussão muito interessante sobre o racismo, especialmente, para época em que o livro foi escrito o que só fez aumentar meu apreço e respeito pelo autor.


3 - Cartas Extraordinárias - Organização: Shaun Usher: Esse é um livro de correspondência, como o próprio título diz, cartas extraordinárias, reunidas e organizadas de forma a contextualizar a situação em que as cartas foram escritas, além de trazer o fac símile da maioria delas. Uma reunião de cartas de remetentes e destinatários tanto famosos como anônimos, que traz relatos emocionantes, tristes, curiosos ou pequenas gotas de sabedoria, essa é a diversidade encontrada nesse livro.

O livro traz cartas famosas como o bilhete de suicídio da Virginia Woolf, troca de cartas entre o presidente dos EUA e a rainha da Inglaterra com direito a troca de receita, cartas de famosos e de desconhecidos cheios de sentimento, como de ex-escravos dando um show na sociedade preconceituosa, uma mulher relatando de forma visceral uma cirurgia sem anestesia, a tristeza de se perder um ente querido, a inocência da criança, tudo isso, em forma de cartas, sendo que algumas delas são uma pílulas de sabedoria.


2 - O nome do vento - Patrick Rothfuss: Uma fantasia incrível com uma construção de mundo complexa com estrutura politica, social, econômica especifica e com uma estrutura mágica bem interessante. A narrativa e as descrições do livro são muito envolventes e bem escritas. Kvothe é um estalajeiro que resolve narrar a sua história para um cronista e o livro traz o que foi relatado no primeiro dia.

Os personagens são muito bem construídos e realmente nos sentimos próximos a eles e nos importamos com eles, principalmente, com o personagem principal, e na verdade,  durante a leitura eu estava sempre preocupada com ele, pensando na próxima tragédia que iria se abater sobre ele e pensava é agora que já era. Kvothe é simplesmente apaixonante.



1 - O conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas: Eu não acredito que ainda não fiz um post especifico sobre esse livro incrível. O conde de Monte Cristo é um novelão no melhor estilo. Nele vamos acompanhar a vida de Danté, um jovem rapaz brilhante com uma vida promissora pela frente, apaixonado e com casamento marcado, prestes a se tornar um jovem capitão de navio tem sua vida destruída pela inveja daqueles que estão ao seu redor.

Esse é um romance histórico que se passa na França pós Napoleão que foi primeiramente publicada em forma de folhetim. É uma história sobre vingança, claro que sim, livro de cabeceira da menina do Revenge e da Avenida Brasil, mas também é uma história de redenção e reinvenção.

O livro é um imenso calhamaço, mas vale a pena se dedicar a essa história e a esses personagens.


E agora é claro vem a parte menos agradável e mais polemica desse post o livro que mais me decepcionou em 2016 e esse livro foi:



A autobiografia de Alice B. Toklas - Gertrude Stein: Essa é uma edição muito linda e até hoje eu não gostei verdadeiramente de nenhuma das obras que eu conheci desse período, Hemingway e Fitzgerald até hoje só achei ok, mas eu tinha muito esperança que eu ia adorar Stein, mas não foi bem assim, na verdade, tive que me forçar a terminar. Eu não me importava com os personagens e a narrativa de vai e vem , um tanto caótica, ao invés de me despertar interesse somente me irritou.
 
E aí já leram alguma dessas coisas? Quais foram suas melhores e piores leituras de 2016?
 
Por hoje é isso,

Até a próxima,
Dani Moraes
 
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