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Todo Dia

David Levithan
"Queria que o amor conquistasse tudo. Mas o amor não conquista tudo. Ele não pode fazer nada sozinho. Ele depende de nós para conquistar em seu nome."
Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrarem a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.
Olá Pessoal, tudo bem?
Vamos conversar sobre mais um livro que foi adaptado para o cinema e que tem sua estreia no Brasil prevista para Junho. Dessa vez, temos uma história de YA contemporâneo e escrita por um dos maiores nomes no gênero, mas esse é o primeiro livro do autor que eu leio, meu único contato anterior com o autor foi na coletânea: O presente do meu grande amor. Foi o segundo livro finalizado da minha meta de leitura.
E o enredo é bastante diferente, uma vez que, conta a história de A, um ser que não possui corpo próprio, todos os dias acorda em um corpo diferente e permanece no mesmo por 24 horas, ele (vou usar masculino porque não temos um pronome neutro, porque A não tem um gênero definido) não tem nenhum controle sobre essa situação, ele não consegue escolher que corpo ocupara e muito menos consegue ficar nesse corpo mais do que um dia. A única constante é que ele sempre ocupa um corpo que tenha a mesma idade que ele e aparentemente em um raio de distancia definido. Mas ele ocupa corpos de homens, mulheres, brancos, negros, ricos, pobres, deficientes, saudáveis ou doentes, ou seja, não há distinção de gênero, psicológico, racial ou social.
“Não vou de 16 anos para 60. Nesse momento, é apenas 16. Não sei como isso funciona, nem o porquê. Parei de tentar entender há muito tempo. Nunca vou compreender, não mais do que qualquer pessoa normal entenderá a própria existência. Depois de algum tempo é preciso aceitar o fato de que você simplesmente existe”
Desde que, ele se lembre sempre foi assim, A sempre migrou de um corpo a outro e foi difícil para ele entender que era diferente, mas hoje já acostumado a essa condição ele criou algumas regras para a sua vida errante. Ele tenta não influenciar a vida da pessoa nesse dia que ocupa seu corpo, faz suas tarefas e cumpre as rotinas normalmente sem grandes mudanças e principalmente, não se permite envolver por ninguém.
No entanto, tudo muda quando A acorda no corpo de Justin, um garoto não muito legal, aquele tipo de pessoa que se acha melhor do que é, mas ele sabe que não pode transformar o caráter de uma pessoa ocupando seu corpo por um dia, mas então, ele conhece Rhiannon a namorada de Justin, uma garota insegura que parece fazer tudo por ele, inteligente e interessante que não é tratada da forma correta por Justin. A sente uma conexão muito grande por ela e por isso, acaba quebrando suas regras, interferindo e se envolvendo. Depois de deixar o corpo de Justin, a única coisa que A consegue pensar é encontrar Rhiannon e encontrar uma forma de fazer o amor entre eles funcionar.
Então passamos a acompanhar A ocupando diferentes corpos e mesmo assim, buscando por Rhiannon. A sacada do autor aqui é muito interessante, porque conseguimos entrar em contato com diferentes pessoas com seus problemas e inseguranças e vamos aprendendo sobre essas personagens junto com A, vivendo o dia-a-dia deles suas dificuldades, medos e anseios. Vivemos junto com A  os sofrimentos e a vida dos corpos que ele habita, anseio pelas drogas, vontade de acabar com a própria vida, ou coisas melhores como o amor pela família/namorado (a).
A história discute muito a questão de gênero, uma vez que, A não possuindo um gênero definido não consegue realmente entender o porque o gênero do corpo que ele ocupa importa para Rhiannon. Outro momento, é quando ele ocupa um corpo obeso e fica visível a gordofobia de praticamente todos os personagens, incluindo o próprio A e fica mais claro ainda quando Rhiannon diz que não consegue enxergar A naquele corpo.
“Na minha experiência, desejo é desejo, amor é amor. Nunca me apaixonei por um gênero. Apaixonei-me por indivíduos. Sei que é difícil as pessoas fazerem isso, mas não entendo por que é tão complicado, quando é tão óbvio.”
Durante o livro é gerada uma tensão quando A se descuida e acaba deixando vestígios de sua passagem, mas é dessa forma que ele talvez possa ter acesso a algum tipo de informação sobre sua condição.  Aliás, não temos muitas respostas no livro, sabemos tudo o que o próprio A sabe.
A criatividade no enredo é inegável e a história de amor consegue convencer, portanto, se você esta em busca de YA não convencional esse é uma boa pedida. Estou me surpreendendo cada vez mais com esse gênero e pretendo conhecer mais coisas dele.
Existe um outro livro do autor chamado Outro dia que mostra a história da visão de Rhiannon, costumo achar esse tipo de premissa um pouco apelativa para vender livros baseado em um sucesso anterior, mas ele tem uma boa nota no skoob e boas resenhas, então fiquei curiosa.
Livro: Todo dia
Autor: David Levithan
Editora: Record
280 páginas
E vocês já leram esse livro? Estão animados para a adaptação?
Por hoje é isso,
Até a próxima,

Dani Moraes

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