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Dois Contos: YA e clássico do horror lado a lado



Oi Pessoal, tudo bem?

Hoje eu gostaria de conversar sobre dois contos, sendo que, uma acabou inspirando a leitura do outro.
Em janeiro na caixa do turista literário veio o livro aconteceu naquele verão e um dos mimos esta ai na foto um sachezinho com cheirinho de morango e em forma de Cthulhu (até agora não consegui pronunciar) vestido de moranguinho, e isso, já instigou a minha curiosidade porque eu nem sabia o que era essa entidade, isso porque eu não conheço nada de terror ou horror, o único livro desse gênero que eu já li foi O iluminado. E então comecei a ler o livro e me deparei com o conto:

O último suspiro do Cinemorte - Libba Bray
 
 
Cinemorte é um cinema especializado em filmes de terror e ele esta encerrando as suas atividades e depois dessa noite não mais funcionará, os filmes exibidos pelo cinema podem ser considerados filmes clássicos do terror trash e nessa noite, como despedida será exibido um filme chamado Ando sobre a terra e esse seria um filme amaldiçoado que ninguém deveria assistir jamais.
 
Dave e Kevin são muito amigos, apesar de serem muito diferentes, Dave é mais brincalhão e descontraído e não leva as coisas muito a serio, Kevin é mais tímido apaixonado por filmes de terror antigo e apaixonado pela outra colega de trabalho Dani Garcia, uma garota bonita e descolada, que durante uma das cenas do conto esta fazendo uma maquete com um Cthulhu vestido de moranguinho (daí a inspiração para o outro conto). Durante a exibição do filme coisas estranhas começam a acontecer, na verdade, a história muda bastante de rumo parecia uma história YA normal até que o sobrenatural começa.
 
Apesar de eu ter estranhado quando o sobrenatural começou a acontecer, eu achei esse um conto bem divertido e vale a leitura. E esse conto me inspirou a ler um outro conto, bem mais famoso, praticamente um clássico da literatura de terror:
 
O chamado do Cthulhu - H.P. Lovecraft

"A coisa mais misericordiosa do mundo é, segundo penso, a incapacidade da mente humana em correlacionar tudo o que sabe. Vivemos em uma plácida ilha de ignorância em meio a mares negros de infinitude, e não fomos feitos para ir longe."
 
H.P. Lovecraft é um escritor americano que revolucionou o gênero do terror incluindo alguns elementos de fantasia e ficção cientifica aos seus escritos. Lovecraft era obcecado pelo passado, mas por mais que ele celebrasse o século XVIII ele estava sempre a par dos avanços científicos da época. Descreveu que os grandes interesses de sua vida seriam:
 
"O amor ao estranho e ao fantástico, o amor a verdade abstrata e à lógica cientifica e o amor à antiguidade e à permanência." (Carta de Lovecraft citada por Joshi, citada em H.P. Lovecraft e o moderno conto de terror de Guilherme da S. Braga).
 
Lovecraft teve a infância e juventude nada fácil, foi uma criança constantemente doente e perdeu o pai muito cedo, no entanto, desde muito pequeno já demonstrava a predileção pela literatura, aprendeu a ler aos dois anos e aos seis anos já escrevia os próprios poemas. Apesar de ter começando muito cedo e ter uma obra produzida significativa, Lovecraft não teve sucesso em vida, só conseguiu lançar um livro em uma edição descuidada com uma baixa tiragem (cerca de duzentos exemplares), só a partir dos anos 40 é que ele passou a despertar alguma atenção, sendo que o reconhecimento definitivo só veio em 2005 com a publicação de Tales, um volume dedicado a Lovecraft na prestigiosa coleção da Library of América.
 
O chamado de Cthulhu é um conto de 1926 e conta a história de um homem que acaba herdando os papeis e a pesquisa do seu tio, um professor universitário que teve uma morte um tanto estranha e suspeita. Em meio as esses pertences, além de recordes de jornais uma serie de anotações e observações que de certa forma fazem ligação entre acontecimentos estranhos estava uma pequena estatueta de uma criatura horrenda e diferente de tudo o que se vê hoje sobre a Terra:
 
"Se eu disser que minha fantasia extravagante conjurava ao mesmo tempos as imagens de um polvo, de um dragão e de uma caricatura humana, não incorro em nenhum tipo de infidelidade ao espirito da coisa. Uma cabeça polpuda, com tentáculos, colmava um corpo grotesco e escamoso com asas rudimentares; mas era a silhueta da figura o que a tornava ainda mais horrenda."
 
Então o que falar do conto? Eu consigo entender a importância do autor para a literatura de horror, a forma da escrita serve bem ao proposito ele vai apresentando a história de forma a ir construindo pouco a pouco essa atmosfera, e dessa forma, ir aos poucos envolvendo o leitor nessa espécie de paranoia, nesse horror, e você chega a se perguntar se aquilo pode ser verdade? E sim, porque não poderia estar presente bem aqui no nosso mundo?
 
Mas apesar disso, não acredito que seja o tipo de leitura para mim, achei interessante, mas não me senti realmente envolvida, provavelmente, lerei outros contos do autor para formar uma opinião mais completa, mas essa não foi uma leitura que realmente me deixou motivada para continuar lendo o autor agora, lerei em um futuro.
 
E mais legal dessa experiência toda é mostrar o quanto uma leitura pode nos levar por caminhos tão diferentes, quem iria imaginar que um livro de contos predominantemente românticos YA ia me levar a ler um dos grandes autores do horror? Essa é a maravilha do mundo dos livros!
 
Por hoje é isso,
 
E vocês conhecem esses contos? Já leram H.P. Lovecraft?
 

Até a próxima,

Dani Moraes

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