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A letra escarlate

Nathaniel Hawthorne
 
Oi Pessoal tudo bem?

Hoje vamos falar um pouco desse livro que eu li para o Desafio do Skoob de setembro - Livros Banidos e esse livro também esta no meu Projeto Lista do Pat Peoples.
A letra escarlate conta a história de Hester Pryne, uma mulher que cometeu um crime grave, ficou grávida quando o seu marido não estava na cidade, ou seja, Hester é uma adultera em uma Boston puritana do século XVII e como punição ela foi obrigada a utilizar um símbolo do seu crime, uma letra A escarlate presa e sempre exposta em sua roupa.

A letra escarlate significou o isolamento social, discriminação e fonte de punição para Hester, mas por mais que os grandes homens da cidade insistissem ela não revelou quem era o homem envolvido no seu crime. Como parte da punição ela ficou exposta em um cadafalso junto com a sua filha e durante essa exposição, o marido dela (que ninguém na cidade conhecia) chegou a cidade e resolveu não se revelar e tomou com objetivo de vida se vingar do homem que o desonrou.

O outro personagem principal da história é o pastor Dimmesdale que sofre um processo de degradação moral (interna) que reflete fisicamente.

O principal tema do livro é o arrependimento, a punição publica e a autopunição e representa um período muito moralista e puritano.
 
E tem a Pearl a filha do pecado, que um enigma para todos, muitos a consideram a filha do diabo porque, afinal, ela traz luz e cor para esse mundo cinza e chato.

A escrita do autor é bem bonita e eu gosto da percepção que ele tem sobre as pessoas e os personagens e isso fica bem claro na introdução chamada A alfandega que não faz realmente parte da história e sim é uma justificativa para a mesma. Porém a história em si não me pegou, por mais que seja o retrato de uma época eu achei o puritanismo muito exagerado e me irritou muito, essa coisa autopunitiva, muito sofrimento e não se faz nada para tomar as rédeas da própria história.
 
E como é a proposta do meu projeto da Lista de Pat Peoples agora eu vou comparar com a opinião do Pat Peoples do livro O lado bom da vida e na verdade eu concordo bastante com ele e também entendo a posição de Chillingworth, porque se hoje não se é fácil aceitar que foi traído imagina em uma época tão puritana, mas assim como Pat eu não pude torcer por ele porque ele não esta tentando ser gentil.
 
"Mas eu simplesmente amei Hester, porque ela via o lado bom das coisas. Mesmo quando aquela multidão desagradável de barbudos com chapéus e gordas estava contra ela, dizendo que ela também deveria ser marcada na testa, Hester manteve suas convicções, costurou, ajudou as pessoas como podia e fez seu melhor para criar a filha, até quando Pearl provou ser um tanto diabólica." (Trecho retirado do livro - O lado bom da vida)
Eu até gosto desse lado da Hester, a pecadora que se redime ajuda as pessoas e se transforma, mas eu não gosto do fato das pessoas nunca realmente aceitarem a redenção da Hester, em algumas partes do livro o narrador revela que as pessoas pedem conselhos para Hester a recebem em casa, mas sempre em segredo ninguém quer ser associado em publico com pecadora e eu acho isso muito hipócrita.

"Mas me dei conta de que ninguém realmente deu valor a Hester até que fosse tarde demais. No momento em que ela mais precisava de ajuda, foi abandonada, e somente quando ofereceu ajuda aos outros foi amada. Isso meio que sugere que é importante dar valor às boas mulheres em nossa vida antes que seja tarde demais, o que é uma mensagem muito boa para se transmitir aos alunos." (Trecho retirado do livro - O lado bom da vida)


Verdade Pat, essa é uma boa lição para todos nós aprendermos.

Um comentário aleatório... essa é a capa mais horrorosa da vida.
 
Livro: A letra escarlate
Autor: Nathaniel Hawthorne
Editora: Martin Claret
Ano: 2006
240 páginas

 Por hoje é isso,
E vocês já leram esse livro e o que vocês acharam?
 
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Até mais,
 
Dani Moraes


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6 comentários:

Unknown disse...

Interessante, não conhecia a obra, mas apreciei a premissa, gosto de livros que relatam a realidade de uma época.

www.eucurtoliteratura.com

Unknown disse...

Oi Tainan,
Eu geralmente também gosto de obras assim, mas dessa vez, não nos demos tão bem assim.

Bjus,

Dani Moraes

Lígia disse...

Já tive a oportunidade de ler esse livro, mas no final achei que ele não era para mim e acabei não lendo. Parece ser sofrido demais, do tipo que me deixaria com raiva.

Nem achei essa capa tão horrorosa comparada a outras da Martin Claret, hahaha.

Unknown disse...

Ligia,
Pior que é bem assim mesmo.. por mais que você tente levar em consideração o fator época e etc.. tem hora q irrita tanto conformismo e auto punição e etc....
Aí eu detesto essa capa.. me dá nos nervos de olhar para ela, mas a Martin Claret agora deu uma evoluída e tá com umas capinhas melhores, fora essa eu tenho O retrato de Dorian Gray que parece Jesus na capa, mas a capa mais horrorosa nem é da Martin Claret é da LPM pocket e é o meu A mão e a luva... terrível!!! kkkkk

Marília Barros disse...

Li isso livro para algum Desafio Literário e em geral concordo com sua opinião. É muito drama, muito puritanismo, e tenho a impressão de que os leitores de hoje não conseguem se identificar com isso (felizmente!).

Unknown disse...

Marilia,
Também concordo que felizmente não mais nos identificamos com todo esse sofrimento ...
Bjus,

Dani Moraes

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